Dried Up Tied And Dead To The World

janeiro 31, 2012

Hoje foi amplamente divulgado no FB e demais redes sociais duas matérias da revista Veja, uma com o título “Câncer Fashion” e outra sobre o massacre de Pinheirinho.
Ei-las:

 

Pois bem.

Respeito demais quem se posiciona perante questionamentos e acredita em uma vertente ideológica, religiosa, social, política, etc. Há muitos bufões farfalhantes por aí que promovem uma anarquia de ideologias, contradizendo-se quase sempre, em nome de um egocentrismo medíocre e simplório. Esse não merecem nem um pensamento condescendente, pois recebem suas migalhes no concordar de outros seres de igual falta de posicionamento próprio. Desta forma, não é de agora que todos sabem perfeitamente quais são as verdadeiras cores da revista Veja. Seu editorial sempre foi muito claro quanto a isso; que ninguém se engane.

Discordar é preciso. Ainda que em doses extremas. Precisamos dos extremos.

O que se viu hoje nessas duas matérias da Veja extrapolou o limite da falta de humanidade. Algo tão trevoso em sua essência que é preciso ler mais de uma vez para realmente acreditar em palavras tão rasteiras, lodosas e sem centelha sequer de humanidade. Nada, repito, NADA, nesse mundo pode fazer crer que alguém, mesmo sob a ameaça de uma arma ou o desemprego (no caso), compactue com tais escarros do mais baixo nível de precariedade intelectual, profissional e humana. Já vi mais piedade nos olhos de um psicopata do que nessas linhas gravadas em suas páginas para a eternidade.

O que incrementa ainda mais essa perversidade toda é o fato de que leitores simplesmente repetirão tais palavras sem sequer se darem ao trabalho de questionar uma vírgula sequer. Repetirão como metralhadoras no coração do ser humano. Desencadearão ainda mais ódio gratuito e falta de fraternidade em nome do que, exatamente? Mesmo nas cabeças mais rasteiras, não há nada para se aproveitar dessas matérias que não seja chafurdar em ódio e retrocesso.

Não gasto meu tempo indo tão longe nessas coisas. Talvez devesse fazer mais. Acredito realmente que cada um deve ter o direito de se expressar, seja qual for seu posicionamento. Porém, jamais compactuarei com a falta de compaixão, o desrespeito e a leviandade.

Dito isso, espero realmente que todos se posicionem perante estas duas matérias que tanta vergonha trazem à história do homem. Meu luto aos envolvidos intelectual, editorial e profissionalmente em tais matérias.

Assino aqui,
Álcio Villalobos

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